sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Síndrome do Túnel do Carpo - Causas, Diagnóstico e Tratamento

Síndrome do túnel do carpo é uma neuropatia resultante da compressão do nervo mediano no canal do carpo, estrutura anatômica que se localiza entre a mão e o antebraço. Através desse túnel rígido, além do nervo mediano, passam os tendões flexores que são revestidos pelo tecido sinovial. Qualquer situação que aumente a pressão dentro do canal provoca compressão do nervo mediano e a síndrome do túnel do carpo.

Causas
A causa principal da síndrome do túnel do carpo é a L.E.R. (Lesão do Esforço Repetitivo), gerada por movimentos repetitivos como digitar ou tocar instrumentos musicais. Existem também causas traumáticas (quedas e fraturas), inflamatórias (artrite reumatóide), hormonais e medicamentosas. Tumores também estão entre as possíveis causas da síndrome.

Sintomas
O principal sintoma é a parestesia, uma sensação de formigamento, de dormência, que se manifesta mais à noite e ocorre fundamentalmente na área de enervação do nervo mediano.
A evolução da síndrome dificulta manipular estruturas pequenas e executar tarefas simples como pregar um botão, enfiar uma agulha, segurar uma xícara.

Diagnóstico
Dois testes ajudam a estabelecer o diagnóstico: o teste de Phalen e o teste de Tinel.
O primeiro consiste em dobrar o punho e mantê-lo fletido durante um minuto. Como essa posição aumenta a pressão intracarpeana, se houver compressão do nervo, os sintomas pioram.
O teste de Tinel consiste em percutir o nervo mediano. Se ele estiver comprometido, a sensação será de choque e formigamento.
Em alguns casos, é necessário pedir uma eletroneuromiografia para fechar o diagnóstico.

Tratamento
O tratamento leva em conta o grau de comprometimento da doença. Se for leve, indica-se a colocação de uma órtese para imobilizar o pulso e o uso de antiinflamatório não-hormonal. Se não houver melhora, aplica-se cortisona dentro do canal do carpo.
Esgotadas as possibilidades de tratamento clínico, é indicada a cirurgia.

Recomendações
* Tente evitar atividades que impliquem movimentos de flexo-extensão do punho;
* Lembre-se de que alterações dos hormônios da tireóide e doenças como diabetes podem acarretar neuropatias compressivas. Procure o médico se tiver sensação de formigamento nas mãos;
* Mulheres no climatério estão mais sujeitas à síndrome do túnel do carpo, por causa da queda na produção de estrógeno;
* Sente-se corretamente e apóie braços e punhos quando usar o computador. Não se esqueça de que seu uso inadequado é um fator de risco para L.E.R. e a síndrome do túnel do carpo.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Bursite pode ser tratada com acupuntura

Bursite é a inflamação da bursa, pequena bolsa contendo líquidos que envolvem as articulações e funciona como amortecedor entre ossos, tendões e tecidos musculares.

Qualquer processo inflamatório nestes tecidos moles, será percebido frequentemente por pacientes em forma de dor intensa, edema (inchaço), inflamação e restrição de movimento.
Suas causas são as mais variadas podendo a doença ser causada por traumatismo, infecções, lesões por esforço, uso excessivo das articulações, movimentos repetitivos, artrite e gota.


OS TIPOS MAIS COMUNS DE INFLAMAÇÃO NA BURSA
 BURSITE SUBDELTÓIDEA AGUDA: o problema começa de repente e atinge seu ápice em apenas três dias. O paciente relata dores que aumentam com o tempo e se tornam intensas nos dez primeiros dias. Do ombro, elas 'descem' até o punho. No exame clínico, o especialista, em geral, encontra uma acentuada limitação da mobilidade. A cura espontânea pode levar cerca de seis semanas. Entretanto, as recaídas são comuns, seja no mesmo ombro ou no lado oposto.
BURSITE SUBDELTÓIDEA CRÔNICA: é bom deixar claro que esta é uma doença à parte e não uma seqüela de uma inflamação aguda não tratada. A bursite crônica primária pode ocorrer entre os 15 e 65 anos e parece ser resultado de alguma outra afecção do ombro. Já a bursite crônica secundária, mais freqüente, é uma seqüela de problemas no manguito, ou na articulação acrômio-clavicular ou de irregularidades no acrômio e/ou no grande tubérculo, depois de uma fratura na região, por exemplo. Nesses casos também existem dores localizadas e restrições de movimento.
BURSITE SUBCORACÓIDE: em geral, esse tipo acontece quando há rotações violentas e repetidas do úmero, osso do braço que se articula com as estruturas do ombro. É o que acontece com atletas como arremessadores de disco. Os principais sintomas dessa inflamação incluem dor do ombro e limitação dos movimentos.


Uma das opções de tratamento, a acupuntura tem se mostrado bastante eficaz tanto no alívio das dores quanto na prevenção de novas crises. A técnica, nesses casos, é focada para tirar dores, desinflamar a região afetada e melhorar a circulação do sangue.

No procedimento não há efeitos colaterais, é minimamente invasivo e indolor, desde que realizado corretamente por médico habilitado. Durante o tratamento, o paciente não deve forçar movimentos, evitar pegar peso, e em alguns casos, ficar em repouso, para aumentar gradativamente os movimentos até a recuperação total.

Como os sintomas de bursite podem ser confundidos com outros problemas que atingem as articulações, o diagnóstico é feito clinicamente, obtido por meio de exames complementares. Uma vez descoberta à origem da inflamação, o profissional em acupuntura poderá administrar o tratamento mais correto.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

A importância da acupuntura no tratamento do câncer

A acupuntura pode melhorar consideravelmente a imunidade de uma pessoa com câncer.

Técnicas de acupuntura podem ajudar em transtornos emocionais e falta de apetite. Em casos de pacientes que se submetem à quimioterapia e à radioterapia, é notável o efeito da acupuntura na redução das náuseas ou vômitos. Além disso, há uma grande vantagem desta técnica: Qualquer pessoa de qualquer idade pode ser tratada com acupuntura, exceto os pacientes com infecções generalizadas de pele.

Os diferenciais da acupuntura estão no campo de atuação que é amplo, devido a sua própria natureza e mecanismos de ações, pois, ao estimular o sistema nervoso, regula e harmoniza o funcionamento do organismo como um todo.

Essa técnica tem demonstrado eficácia no tratamento de doenças neurológicas, psiquiátricas, ortopédicas, respiratórias, entre outras. Reconhecendo a importância deste tratamento, a Organização Mundial de Saúde (OMS) organizou uma extensa lista de doenças tratáveis com a acupuntura e esta lista, através de estudos científicos rigorosos, tem crescido cada vez mais.

O procedimento é uma modalidade terapêutica praticada na China há mais de cinco mil anos. Foi trazida para o Ocidente no século 16. Criou-se então um conceito de “acupuntura ocidental” que é uma adaptação da Medicina Tradicional Chinesa, que leva em consideração os conhecimentos atuais de anatomia, bioquímica, fisiologia e patologia.

No Brasil, deixou de ser uma ”terapia alternativa” para tornar-se uma “terapia complementar”, com o reconhecimento como especialidade médica e do fisioterapeuta.

Esse tratamento se utiliza de agulhas, moxas e outros instrumentos e age por meio de liberação de substâncias químicas no organismo. Como consequência, produz efeito analgésico, anti-inflamatório e relaxante muscular, aliviando assim a dor e outros sintomas de determinadas doenças. Esse estímulo aciona áreas cerebrais onde se liberam neurotransmissores específicos, determinando uma função. Nos últimos anos, intensificaram-se as pesquisas científicas para elucidar os efeitos da acupuntura e em quais situações ela deve ser prescrita. Nos EUA, o National Institute of Health (NIH) registra como vantagens da técnica a baixa incidência de efeitos adversos e a melhora de sintomas.