quinta-feira, 30 de junho de 2011

Tratamento com Acupuntura e Fisioterapia na Paralisia Facial Periférica

     A paralisia facial periférica é o acometimento total ou parcial dos músculos de uma hemiface provocando perda dos movimentos da musculatura da face, ou seja, uma paralisia dos músculos mímicos ocasionando uma assimetria da face ou imobilidade, modificando a expressão fisionômica do paciente onde se tem um
dano funcional e estético. Não apresenta uma etiologia definida, porém esta associada a diversos fatores como os tumorais, traumáticos, congênitos, infecciosos, etc. Os sinais e sintomas que são característicos da paralisia facial periférica se devem ao acometimento do VII par craniano (nervo facial). A reabilitação do quadro atualmente é realizada por técnicas de fisioterapia e, aos poucos, com a integração da acupuntura. Independemente do tratamento aplicado o objetivo é o retorno da expressão facial do paciente e em 80% dos casos se obtém a regressão das manifestações clínicas.

     O processo de recuperação da paralisia facial periférica engloba vários métodos terapêuticos que podem ser aplicados obtendo bons resultados, porém quanto antes iniciar a terapia, maiores serão as possibilidades de recuperação. Os principais procedimentos utilizados no tratamento fisioterápico da paralisia facial
consistem em massoterapia de relaxamento na hemiface não comprometida, massoterapia de estimulação na hemiface paralisada, crioterapia e cinesioterapia. A fisioterapia tem como objetivo evitar deformidades e manter a flexibilidade e a elasticidade muscular durante o período de paralisia. Exercícios específicos podem ser indicados quando se observa esboço de movimento da musculatura envolvida. Eles não interferem na velocidade de recuperação, mas podem melhorar a função.

     Através das técnicas de drenagem linfática, a massoterapia tem como objetivo a redução do edema atuando sobre a circulação no estagio de flacidez e o relaxamento muscular na fase de hipertonia com ênfase nos pontos dolorosos. A massagem abrange as duas hemifaces, sendo que as manobras de deslizamento
superficial e profundo são realizadas no sentido centrífugo na hemiface paralisada e centrípeta na hemiface normal. A massagem deve ser aplicada de maneira correta, pois caso contrário pode desencadear reações reflexas de defesa com piora das retrações musculares. A crioterapia é aplicada com o objetivo de estimular os pontos motores para a obtenção da contração muscular, na fase flácida da paralisia em um período de aproximadamente 15 minutos. Já o calor é aplicado através de lâmpada infravermelho ou bolsas quentes proporcionam o relaxamento muscular na fase de hipertonia.

     Na cinesioterapia são realizados exercícios de mímica facial e reeducação da musculatura facial através de “biofeedback” eletromiográfico com eletrodos de superfície. A princípio, o trabalho deve ser realizado em forma de esboço para que, mais tarde, todos os elementos musculares se reintegrem em uma mímica
global e harmoniosa. Na execução dos exercícios, deve - se procurar o equilíbrio entre os músculos agonistas e antagonistas e, para isto, pode ser utilizada a pressão digital, a qual favorece a dissociação dos movimentos da parte inferior e superior da face. Os movimentos de contração sinérgica devem ser inibidos e, se aparecem movimentos anárquicos, os músculos responsáveis devem ser mantidos
em posição de estiramento para inibi-los. As sincinesias são atribuídas à hiperexcitabilidade nuclear facial ou à regeneração aberrante das fibras nervosas e ocorrem quando não são tomadas estas precauções impedindo a completa recuperação da paralisia facial.

     No tratamento da paralisia facial periférica a acupuntura, especialidade fisioterapêutica, visa o processo de recuperação da funcionalidade dos músculos faciais acometidos pela lesão do nervo facial. Através do equilíbrio energético corporal, a acupuntura auxilia no progresso junto com as técnicas fisioterapêuticas.

     Diferentemente de outros tratamentos mais convencionais, a acupuntura traz resultados já na primeira sessão. É comum ver pacientes totalmente recuperados com poucas sessões de acupuntura desde que comece cedo o tratamento.
     O atendimento é rápido; não passa de 40 minutos, não causa dores ou desconforto, trabalha a parte lesionada da face e equilibra a parte sadia do rosto.
     O estímulo causado pelas agulhas de acupuntura em outras palavras, faz com que o cérebro entenda que precisa voltar a nutrir aquela região que momentaneamente está desguarnecida de sangue e de seus eventuais nutrientes. É como se lembrássemos ao cérebro que a outra parte da face também existe e que precisa de movimento.
     Como a paralisia facial é uma sensação extremamente desagradável, é comum também o paciente ficar tenso. Nestes casos, a acupuntura contribui ajudando no relaxamento globalizado do paciente contribuindo desta maneira para que o tratamento corra o melhor possível.

terça-feira, 28 de junho de 2011

As dores que chegam com o frio

Com a queda de temperatura, pessoas que já sofrem de doenças reumáticas como dores na coluna, problemas como artrite, artrose (bico de papagaio), gota, tendinites, bursites, osteoporose e fibromialgia costumam ter as dores agravadas. Estima-se que no Brasil existam mais de 15 milhões de pessoas acometidas por doenças reumáticas, o que, além de sofrimento pessoal, ocasiona uma grande sobrecarga socioeconômica para o país. O reumatismo não é uma doença, mas sim um termo genérico que se refere às doenças que acometem as articulações (juntas), ossos e musculatura, podem provocar inflamação e surgir em qualquer idade.

Diversos vírus, muito comuns a essa época do ano, podem causar dores ou até inflamações nas juntas e nos músculos. As infecções de garganta, particularmente nas crianças, também podem causar a febre reumática, doença inflamatória que pode comprometer as articulações, o coração, o cérebro e a pele de crianças de 5 a 15 anos. É uma complicação tardia de uma infecção por uma bactéria chamada de estreptococo, ou seja, a febre reumática é uma reação à infecção de garganta (amidalite), mas a doença apenas se dá em indivíduos predispostos para tal complicação.

Dizem que pacientes reumáticos são excelentes meteorologistas, pois identificam as alterações climáticas, principalmente o frio.  O frio aumenta a dor dos processos inflamatórios em geral, as articulações podem se tornar doloridas, assim como os músculos. Os portadores de doenças reumáticas, geralmente, têm as dores articulares agravadas em qualquer parte do corpo. O aumento da dor é provocado provavelmente pela diminuição do aporte sangüíneo nas articulações e contraturas musculares pelo frio.

A dor na região lombar (costas) costuma ser agravada porque as pessoas ficam mais enrijecidas ou tensas, com os músculos mais contraídos no frio. Um outro fator que pode piorar a dor é a depressão. O frio aumenta os quadros depressivos, a pessoa fica mais triste, e a depressão gera dor. Assim, o aumento de peso, comum nessa época, aliado ao aumento do sedentarismo e ao lado emocional agravam os problemas reumáticos.

É  importante não interromper os exercícios físicos por conta do frio. Devemos sempre nos  mantermos agasalhados para não perdermos calor, usar luvas para proteger as mãos e meias de lã para proteger os pés, pois as pequenas articulações sofrem mais no frio, e não esquecer de praticar alguma atividade aeróbica leve como bicicleta ergométrica, esteira ou caminhadas curtas, para aumentar o fluxo de sangue nos membros. Pacientes que estavam indo muito bem sentem a piora após interromper a prática dos exercícios por causa da queda de temperatura.


sexta-feira, 17 de junho de 2011

Condromalacia patelar - Patologia e Tratamento

Também conhecida como Síndrome patelofemoral ou Dor na parte anterior da patela

Definição


É o amaciamento e degeneração da cartilagem de hialina que se encontra por baixo da patela. Essa cartilagem é muito pouco vascularizada e sua recuperação fica prejudicada.

Causas, Indicências e Fatores de Risco


Acredita-se que a causa da condromalacia patelar que se apresenta nos adolescentes ou nos adultos jovens, com maior freqüência entre as mulheres, está relacionada com o uso excessivo, trauma e/ou esforço anormais do joelho. Um grande número dos adolescentes afetado apresenta um alinhamento anormal do joelho.
A condromalacia patelar também pode refletir artrite da patela que geralmente se observa em indivíduos de idade avançada.
Os pacientes que previamente sofreram luxação, fratura ou outro trauma na patela tem maior probabilidade de ter esse problema.
O uso excessivo de salto alto também pode ajudar na deterioração da cartilagem da patela.
Encurtamento do quadríceps femoral pode causar uma maior tensão na patela e mesmo com um alinhamento normal pode haver uma degeneração da cartilagem, um simples alongamento pode ajudar nesses casos.

Sintomas

  • Sensibilidade do joelho.
  • Dor de joelho, na parte frontal que piora depois de ficar sentado por muito tempo.
  • Dor de joelho que piora ao subir escadas ou ao se levantar de uma cadeira.
  • Sensação de fricção quando se estende o joelho.

Sinais e Exames

O médico faz o exame físico. O joelho pode estar sensível e levemente inchada, é possível que a patela não esteja alinhada apropriadamente com a diáfise distal do fêmur (osso da coxa).
Quando o joelho se estende partindo de uma flexão completa, pode-se sentir uma sensação de fricção de baixo da patela e quando o joelho fica estendido e se comprime a patela sente-se dor.
O raio X é na maioria das vezes normal, ainda que uma vista mais criteriosa pode mostrar sinais de artrite.

Tratamento

Para aliviar a dor, pode se ter algum efeito com repouso ou com a imobilização da articulação afetada, assim como a administração de medicamentos antiinflamatórios não esteróides. A fisioterapia deve ajudar principalmente no fortalecimento do quadríceps e alongamento dos isquiotibiais. Se o problema for por encurtamento do quadríceps, essa musculatura deve ser alongada.

 Deve-se limitar a prática de esportes e outras atividades extenuantes até que a dor tenha passado. Também se deve evitar as atividades que aumentam a dor no joelho, como o agachamento profundo ou o uso de salto alto.

A cirurgia é benéfica se existir desalinhamento da patela que não sejam reversíveis com a fisioterapia. A cirurgia pode ser com artroscopia (com o uso de uma câmera, permitindo uma incisão menor) ou aberta, dependendo da natureza do desalinhamento.


A acupuntura também mostra bons resultados no tratamento e no alívio da dor, mas lembre-se que é extremamente importante saber o mecanismo que causou a Condromalacia e elimina-lo, isso garantirá que o problema não volte.

Prognóstico

A condromalacia patelar geralmente melhora com a terapia e com a administração de medicamentos antiinflamatórios não esteróides. Há êxito de 90% das cirurgias, mesmo sendo poucas pessoas que realmente necessitam.

Complicações

A primeira complicação é a não eficácia do tratamento para alívio da dor.
Quando a cirurgia é necessária, algumas das complicações são:
  • Infecção.
  • Alivio da dor ineficaz.
  • Piora do quadro.
Prevenção

Deve-se evitar os traumas e os esforços excessivos com o joelho.
O fortalecimento do quadríceps, junto com um bom alongamento, são promordiais, e é preciso também recuperar a potência do membro inferior, executando exercícios com um grau de dificuldade progressiva, evitando uma sobrecarga na articulação fêmoro-patelar.
Deve ser evitado o uso excessivo de salto alto.
Taping para Joelho


órtese subpatelar
Órteses subpatelares ou a utilização da técnica de Taping, podem ser utilizadas para a prevenção do impacto e correção da instabildiade femoropatelar.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Eletroacupuntura

O que é

A eletroacupuntura é mais uma das terapias que tem como base a Acupuntura e é utilizada através do uso de aparelhos elétricos que, conectados às agulhas, transmitem estímulos aos pontos de acupuntura.
A corrente elétrica que passa pelo corpo através da agulha, produz estímulos elétricos, que substituem as manipulações manuais.
A eletroacupuntura potencializa os efeitos da acupuntura feita com as agulhas. Possui uma ação analgésica mais rápida, em torno de 10 a 20 minutos.
Utiliza na maioria das vezes menor números de agulhas para produzir analgesia.

Como funciona
A eletroacupuntura pode promover tanto analgesia quanto anestesia, enquanto que a estimulação mecânica das agulhas promovem apenas analgesia.
Um dos mecanismos mais importantes da analgesia mediada pela eletroacupuntura é a aceleração na liberação de peptídeos opiáceos - no sistema nervoso central, que interagem com receptores opiáceos na indução de um efeito anti-nociceptivo, ou seja, que acalmem as dores.
O principal achado foi o de que a eletroacupuntura de 2Hz deflagra a liberação de encefalinas e de beta endorfina do cérebro e na medula espinhal, que interagem nos receptores opiáceos e no sistema nervoso central, enquanto que a estimulação de 100Hz, seletivamente, aumenta a liberação de dinorfina na medula espinhal para interagir com os receptores opiáceos no corono posterior da medula espinhal (HAN; WANG;1992).
Novos estudos revelam que quando baixas (2Hz) e altas (100Hz) freqüências são utilizadas consecutivamente com duração de 3 segundos, então todos os três tipos de peptídeos opiáceos (encefalinas, endorfinas e dinorfinas) podem ser liberadas simultaneamente. A interação sinergística entre esses três peptídeos opiáceos endógenos produz um efeito analgésico mais potente (CHEN; HAN, 1992 e CHEN et al., 1994).

Indicações
Embora a eletroacupuntura tenha as mesmas indicações que a Acupuntura, apresenta excelentes resultados nas síndromes dolorosas miofasciais, traumatismos das partes moles, neuragias, distúrbios neurovegetativos, algumas afecções oncológicas, no tratamento da nevralgia e paralisia dos nervos. Na prática clínica, é muito utilizada no tratamento da ciática, nevralgia de trigêmeos, paralisia facial, cefaléia, dor de dente, LER – Lesões por Esforço Repetitivo.

Contra Indicações
Embora não tenha contra indicações, não deve ser aplicada em crianças pelo desconforto de precisarem ficar quietas durante o processo de aplicação com recursos elétricos.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Dorsalgia - Sinais, Sintomas e Tratamento




Dorsalgia (também conhecida como "dor nas costas") é a dor sentida nas costas que pode provir dos músculos, nervos, ossos, articulações ou outras estruturas na coluna vertebral. A dor pode ser constante ou intermitente, permanecer num lugar ou deslocar-se ou espalhar-se para outras áreas. Pode ser uma dor surda ou uma sensação aguda de perfuração ou ardência. A dor pode ser sentida no pescoço (e deslocar-se pelo braço e mão), na parte superior das costas, ou na parte inferior (e deslocar-se pela perna e pé), e pode incluir fraqueza e dormência.

A dor nas costas é uma das queixas mais frequentes da humanidade. Estima-se que entre 65% e 80% da população mundial desenvolvam a enfermidade nalguma fase das suas vidas; todavia, a dorsalgia não costuma ser incapacitante, e mais da metade dos que padecem dela costumam recuperar-se em até uma semana. Crises agudas de dorsalgia ou uma das suas variantes, a lombalgia (que afecta a parte inferior das costas), são uma das principais causas de afastamento ao trabalho, algo que pode estar ligado a questões de postura.

A espinha dorsal é uma complexa rede que liga nervos, articulações, músculos, tendões e ligamentos, e todos são capazes de produzir dor. Grandes nervos que se originam da espinha e vão até as pernas e braços podem espalhar dor para as extremidades. Todavia, algumas vezes a dor nas costas pode ser experimentada mesmo quando nenhum problema anatômico subjacente é aparente.



Tratamento


Os principais objetivos no tratamento da dor nas costas são:


* Alcançar a máxima redução na intensidade da dor tão rapidamente quanto possível;

* Restabelecer o paciente às suas actividades normais;

* Auxiliá-lo a lidar com a dor residual;

* Ajudá-lo com os efeitos colaterais da terapia;

* Facilitar a passagem do paciente através dos impedimentos legais e sócio-econômicos à sua recuperação.

Nem todos os tratamentos funcionam em todas as condições ou para todos os indivíduos na mesma situação, e muitos descobrem que precisam tentar várias opções de tratamento para determinar o que funciona melhor para eles. Somente uma minoria (estimados entre 1% e 10%) dos casos necessita de cirurgia.

Geralmente, acredita-se que alguma forma consistente de alongamento e exercício seja um componente essencial da maioria dos programas de tratamento das costas. Repouso total é raramente recomendado, e quando necessário, é geralmente limitado a um ou dois dias. Em acréscimo, a maioria das pessoas irá se beneficiar em não empregar quaisquer fatores ergonômicos ou de postura que possam contribuir para a dor nas costas, tais como técnicas impróprias de levantamento de pesos, má postura ou apoio deficiente em camas, cadeiras de escritório etc.

Como forma de minimizar ou curar as dores que geralmente são constantes e em repouso,são recomendadas atividades que exijam aumento da capacidade respiratória e promovam simetria postural, como as atividades de natação, alongamentos, pilates entre outras. Correções osteoarticulares podem ser necessárias, entretanto vale a pena investigar todo o conteúdo visceral e miofascial. Encurtamentos importantes de cadeias musculares possivelmente serão encontrados e as técnicas de correção miofascial como Holfing e RPG (Reabilitação Postural Global), por exemplo, podem ser indicadas. A terapia manual com manipulação das vértebras torácicas também, assim como técnicas de Acupuntura, Eletroacupuntura e Ventosaterapia,  podem ser muito utilizados quando necessário junto com a inibição de pontos gatilho e uma pompagem manual muscular relaxante e revigorante.



Vídeo com manipulação torácica.

domingo, 5 de junho de 2011

Fisioterapia nas Disfunções Tempomandibulares - ATM

A articulação tempomandibular é uma estrutura do complexo crânio-mandibular que está sujeita a comprometimentos de origem neurológica, ortopédica e músculo-esquelético, originando as desordens craniomandibulares, que são caracterizadas por queixas de dor na região da articulação temporomandibular seguida de diversos sintomas como: fadiga dos músculos craniocervicofaciais,limitação dos movimentos mandibulares e presença de ruídos articulares.

A dor de cabeça, por exemplo, gera muita confusão em pacientes e médicos. O primeiro impulso da pessoa com o problema é procurar um neurologista. Mas os exames que geralmente são feitos não revelam nada. Então, o paciente busca a opinião de outro médico e corre o risco de continuar sem respostas. Com sorte, alguns acabam chegando ao dentista, que é capaz identificar e de tratar o problema.

A etiologia das disfunções a tempomandibulares é multifatorial podendo estar relacionada à tensão emocional, a distúrbios e interferências oclusais, às alterações posturais, à disfunção da musculatura mastigatória, às mudanças intrínsecas das estruturas que compõem a articulação temporomandibular, ou ainda, à combinação desses fatores, caracterizando uma sintomatologia de difícil diagnóstico e tratamento, envolvendo manifestações dolorosas e de incoordenação de movimentos.

A Fisioterapia nas ATM é o ramo da fisioterapia responsável pelo tratamento de disfunções da articulação temporomandibular. Muitas vezes o paciente sente fortes dores de cabeça que irradiam para o ombro e pescoço, busca diversos tratamentos e não obtém resultados. O trabalho do fisioterapeuta juntamente com o do odontólogo possibilita a eliminação desses sintomas e traz uma melhor qualidade de vida para o indivíduo.
Massagem ou manipulação manual
Existe uma diferença entre massagem e manipulação manual, que é o nome preciso do método utilizado para tratar DTM. A massagem serve para tecidos moles, como músculos, enquanto a manipulação manual é aplicada em articulações e regiões internas do corpo.

 


quarta-feira, 1 de junho de 2011

Tendinite do Tendão de Aquiles - Kinesio Taping

O tendão de Aquiles é o tendão comum dos músculos da panturrilha, gastrocnêmio e sóleo. Insere-se na face posterior do calcâneo. É considerado o mais potente do corpo humano.
Estima-se que 11% de todas as patologias que acometem corredores estão relacionadas ao tendão de Aquiles.
Ele fornece força na fase de impulso da passada (ciclo da marcha), pois sua função é levar a ponta do pé para baixo, ou seja, nos ajuda ficar na ponta do pé (flexão plantar) ou saltar.
É formado por um tecido inelástico, composto na sua maior parte por colágeno, porém é pobre em suprimento sanguíneo, hipovascular. São as fibras colágenas que dão resistência às trações sofridas pelo tendão.
O desenvolvimento da lesão é quase sempre gradativo e a longo prazo.
Estima-se que atue sobre ele uma força equivalente a 6 a 8 vezes o peso do corpo durante a corrida. Uma biomecânica alterada, tanto na corrida, como na marcha ou nos saltos, motivam o aparecimento da lesão. É necessário corrigir o movimento da corrida, da passada, do ritmo e do contato inicial com o solo. A diminuição da flexibilidade nos músculos da panturrilha, aumentam a pronação da articulação subtalar. Ou seja, o alongamento faz-se necessário para prevenção do problema, pois apesar de ser inelástico, o tendão se beneficia com o alongamento muscular devido à diminuição das forças e tensões sobre ele.
Fatores que predispõem à lesão:
  • Alterações posturais como anteversão do fêmur, tíbia vara, pé pronado;
  • Falta de flexibilidade da musculatura da panturrilha;
  • Excessiva tensão dos músculos da panturrilha (gastrocnêmio e sóleo) e do próprio tendão;
  • Deformidades no calcanhar e o hábito de utilizar em demasia a extremidade posterior do calcanhar (examinando a sola dos calçados de desporto, nota-se onde há mais desgaste);
  • Arcos dos pés muito pronunciados;
  • Treinamento excessivo;
  • Alterações repentinas no volume, intensidade ou em ambos;
  • Superfícies de treinamento muito duras;
  • Calçado inadequado;
  • Usar sapatos de salto alto para trabalhar e trocá-los por sapatos com salto baixo para exercitar-se;
  • A corrida em aclives ou exercícios físicos em subidas acentuam o problema.
Sintomas
  • Rigidez ao redor da região do tendão de Aquiles, que pode se localizar da inserção final no calcâneo até 2 a 6cm acima;
  • Dor intensa e constante após a atividade;
  • Dor ao realizar fortalecimento e ou alongamento da panturrilha;
  • Dor matinal;
  • O tendão pode estar quente e doloroso à palpação, assim como espessado;
  • Pode haver crepitação durante movimentação ativa (flexão plantar e dorsal);
  • Edema na região da dor.
O tratamento a ser instituído deve ser individualizado, levando-se em conta a idade e o nível de atividade esportiva.
  • É importante reduzir o estresse sobre o tendão de Aquiles.
  • Alongar o complexo Gastrocnêmio-Solear (panturrilha). Detalhe para a flexão de joelhos quando se pretende alongar apenas o Solear, ou o joelho em extensão quando se quer alongar o Gastrocnêmio;
  • O fortalecimento dos músculos da panturrilha devem ser realizados com cautela;
  • Fazer exercícios de propriocepção para proteger a articulação de possíveis lesões causadas por movimentos que excedam a amplitude fisiológica normal.
A kinesio taping é uma técnica desenvolvida através da hipótese dos músculos e outros tecidos poderem ser auxiliados por um contato externo, utilizando bandagem elástica a fim de permitir uma melhor integração corporal entre os ambientes e o corpo humano por meio da estimulação tegumentar. Tensão gerada pela bandagem mantém a comunicação com os tecidos mais profundos através de macanoreceptores da epiderme e derme.

A aplicação da B.E.T (Bandagem Elástica Terapêutica) reduz edemas e a dor de lesões musculares. Isto ocorre porque a dor causada pela pressão exercida nos receptores, sensoriais e neurológicos, é aliviada através das ondulações que a bandagem promove, elevando a pele. Melhorando desta forma a circulação sangüinea e permitindo que o sistema linfático flua mais livremente.

A bandagem tem como funções fundamentais:

Corrigir a função do músculo
A bandagem é efetiva para recondicionamento de tensão anormal do músculo, ou para fortalecer o músculo enfraquecido.


Melhorar a circulação sanguínea e linfática
A bandagem auxiliará na absorção de edema ou hematoma.


Alívio da Dor
Supressão neurológica da dor ocorre após a aplicação da bandagem na área afetada.


Reposição da subluxação da articulação
A articulação é deslocada devido à tensão anormal muscular que pode ser corrigida com a bandagem que recuperando a função da fáscia e do músculo.