Estima-se que 11% de todas as patologias que acometem corredores estão relacionadas ao tendão de Aquiles.
Ele fornece força na fase de impulso da passada (ciclo da marcha), pois sua função é levar a ponta do pé para baixo, ou seja, nos ajuda ficar na ponta do pé (flexão plantar) ou saltar.
É formado por um tecido inelástico, composto na sua maior parte por colágeno, porém é pobre em suprimento sanguíneo, hipovascular. São as fibras colágenas que dão resistência às trações sofridas pelo tendão.
O desenvolvimento da lesão é quase sempre gradativo e a longo prazo.
Estima-se que atue sobre ele uma força equivalente a 6 a 8 vezes o peso do corpo durante a corrida. Uma biomecânica alterada, tanto na corrida, como na marcha ou nos saltos, motivam o aparecimento da lesão. É necessário corrigir o movimento da corrida, da passada, do ritmo e do contato inicial com o solo. A diminuição da flexibilidade nos músculos da panturrilha, aumentam a pronação da articulação subtalar. Ou seja, o alongamento faz-se necessário para prevenção do problema, pois apesar de ser inelástico, o tendão se beneficia com o alongamento muscular devido à diminuição das forças e tensões sobre ele.
Fatores que predispõem à lesão:
- Alterações posturais como anteversão do fêmur, tíbia vara, pé pronado;
- Falta de flexibilidade da musculatura da panturrilha;
- Excessiva tensão dos músculos da panturrilha (gastrocnêmio e sóleo) e do próprio tendão;
- Deformidades no calcanhar e o hábito de utilizar em demasia a extremidade posterior do calcanhar (examinando a sola dos calçados de desporto, nota-se onde há mais desgaste);
- Arcos dos pés muito pronunciados;
- Treinamento excessivo;
- Alterações repentinas no volume, intensidade ou em ambos;
- Superfícies de treinamento muito duras;
- Calçado inadequado;
- Usar sapatos de salto alto para trabalhar e trocá-los por sapatos com salto baixo para exercitar-se;
- A corrida em aclives ou exercícios físicos em subidas acentuam o problema.
- Rigidez ao redor da região do tendão de Aquiles, que pode se localizar da inserção final no calcâneo até 2 a 6cm acima;
- Dor intensa e constante após a atividade;
- Dor ao realizar fortalecimento e ou alongamento da panturrilha;
- Dor matinal;
- O tendão pode estar quente e doloroso à palpação, assim como espessado;
- Pode haver crepitação durante movimentação ativa (flexão plantar e dorsal);
- Edema na região da dor.
- É importante reduzir o estresse sobre o tendão de Aquiles.
- Alongar o complexo Gastrocnêmio-Solear (panturrilha). Detalhe para a flexão de joelhos quando se pretende alongar apenas o Solear, ou o joelho em extensão quando se quer alongar o Gastrocnêmio;
- O fortalecimento dos músculos da panturrilha devem ser realizados com cautela;
- Fazer exercícios de propriocepção para proteger a articulação de possíveis lesões causadas por movimentos que excedam a amplitude fisiológica normal.
A aplicação da B.E.T (Bandagem Elástica Terapêutica) reduz edemas e a dor de lesões musculares. Isto ocorre porque a dor causada pela pressão exercida nos receptores, sensoriais e neurológicos, é aliviada através das ondulações que a bandagem promove, elevando a pele. Melhorando desta forma a circulação sangüinea e permitindo que o sistema linfático flua mais livremente.
A bandagem tem como funções fundamentais:
Corrigir a função do músculo
A bandagem é efetiva para recondicionamento de tensão anormal do músculo, ou para fortalecer o músculo enfraquecido.
Melhorar a circulação sanguínea e linfática
A bandagem auxiliará na absorção de edema ou hematoma.
Alívio da Dor
Supressão neurológica da dor ocorre após a aplicação da bandagem na área afetada.
Reposição da subluxação da articulação
A articulação é deslocada devido à tensão anormal muscular que pode ser corrigida com a bandagem que recuperando a função da fáscia e do músculo.
A articulação é deslocada devido à tensão anormal muscular que pode ser corrigida com a bandagem que recuperando a função da fáscia e do músculo.
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