Cabeça e pescoço é uma especialidade cirúrgica que trata principalmente dos tumores benignos e malígnos da região da face, cavidades nasais, seios paranasais, boca, faringe, laringe, tireoide, paratireoide, glândulas salivares, dos tecidos moles do pescoço e tumores de pele da face e couro cabeludo.
Dentre as cirurgias mais comumente realizadas pela especialidade, podemos citar as tireoidectomias, traqueostomias, cirurgias de glândulas salivares (parótida e submandibular), tumores da boca e da laringe.
Em oncologia, a diferenciação do tipo, tamanho e localização do tumor são fatores primordiais, influenciando diretamente o tipo de intervenção cirúrgica. Em algumas cirurgias de cabeça e pescoço, o procedimento requer algumas retiradas radicais, além do tumor, o esvaziamento ganglionar cervical também torna-se necessário.
A principal preocupação do cirurgião é a de extirpar o tumor, atuando com margens de segurança, de maneira que se consiga diminuir ou anular os riscos de recidiva ou disseminação da doença. Na tentativa de erradicar o câncer, é comum termos como consequência das cirurgias, sequelas estéticas e funcionais.
A face é amplamente acometida no pós-operatório de cirurgias de cabeça e pescoço, devendo ser motivo de atenção pela deformidade que traduz, tanto do ponto de vista físico quanto psicológico.
Algumas sequelas, como edema, alterações de sensibilidade e da mímica facial, instalam-se imediatamente no pós-operatório de cabeça e pescoço, podendo evoluir indesejavelmente quando não tratadas.
O tratamento fisioterápico no pós-operatório de cabeça e pescoço consiste em muita estimulação tátil e exercícios de mímica facial, já que a estimulação elétrica é controversa, devido a alteração ou ausência de sensibilidade.
O edema no pós-operatório de cabeça e pescoço é consequência da obstrução linfática e venosa devido à secção de seus vasos no transcurso da cirurgia, ou da compressão mecânica produzida por hematomas.
O edema torna-se localizado e organizado, propiciando então o aparecimento de tecido fibroso, que tende a encolher, podendo levar também à formação de aderências. Esse processo pode ser agravado quando o paciente é submetido à radioterapia. Se houver o esvaziamento ganglionar o linfedema poderá aparecer.
Se houver lesão nervosa do nervo facial, ocorrerá a paralisia facial. Se houver a retirada do nervo espinhal acessório, o paciente terá dificuldade em levantar e abrir o braço devido a paralisia do músculo trapézio, que poderá vir acompanhada de instabilidade da escápula e dor; e a isso chamamos de Síndrome do Ombro Doloroso.
Trismo que é a dificuldade para abrir a boca, com endurecimento da articulação temporo mandibular (ATM), pode ocorrer de 3 a 6 meses após a cirurgia ou principalmente após a radioterapia.
A reabilitação difere em cada caso e o paciente deve ser instruído com noções básicas da anatomia e fisiologia muscular, necessárias para melhor compreensão dos procedimentos e objetivo do tratamento.
Os exercícios são propostos de acordo com a avaliação fisioterapêutica e o tratamento direcionado às necessidades particulares de cada paciente, dando maior ênfase aos segmentos mais comprometidos. Mas é importante ressaltar e ter a visão global do paciente. A dor torna-se um fator limitante de algumas atividades diárias, antes mesmo da falta ou diminuição de um movimento. Lança-se mão de algumas técnicas que visam o alívio da dor, como a eletroterapia, acupuntura, relaxamento e alongamentos, para então iniciarmos com as atividades para restauração de mobilidade articular das estruturas envolvidas, força muscular e até mesmo melhora da sensibilidade local.
O tratamento da fisioterapia pode ser longo em alguns casos, mas o sucesso é obtido com a aplicação de técnicas adequadas, regularidade e comprometimento do paciente. O mais importante é a abordagem inicial ser imediata para oferecer uma melhora da qualidade de vida.
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segunda-feira, 19 de março de 2012
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
A importância da acupuntura no tratamento do câncer
A acupuntura pode melhorar consideravelmente a imunidade de uma pessoa com câncer.
Técnicas de acupuntura podem ajudar em transtornos emocionais e falta de apetite. Em casos de pacientes que se submetem à quimioterapia e à radioterapia, é notável o efeito da acupuntura na redução das náuseas ou vômitos. Além disso, há uma grande vantagem desta técnica: Qualquer pessoa de qualquer idade pode ser tratada com acupuntura, exceto os pacientes com infecções generalizadas de pele.
Os diferenciais da acupuntura estão no campo de atuação que é amplo, devido a sua própria natureza e mecanismos de ações, pois, ao estimular o sistema nervoso, regula e harmoniza o funcionamento do organismo como um todo.
Essa técnica tem demonstrado eficácia no tratamento de doenças neurológicas, psiquiátricas, ortopédicas, respiratórias, entre outras. Reconhecendo a importância deste tratamento, a Organização Mundial de Saúde (OMS) organizou uma extensa lista de doenças tratáveis com a acupuntura e esta lista, através de estudos científicos rigorosos, tem crescido cada vez mais.
O procedimento é uma modalidade terapêutica praticada na China há mais de cinco mil anos. Foi trazida para o Ocidente no século 16. Criou-se então um conceito de “acupuntura ocidental” que é uma adaptação da Medicina Tradicional Chinesa, que leva em consideração os conhecimentos atuais de anatomia, bioquímica, fisiologia e patologia.
No Brasil, deixou de ser uma ”terapia alternativa” para tornar-se uma “terapia complementar”, com o reconhecimento como especialidade médica e do fisioterapeuta.
Esse tratamento se utiliza de agulhas, moxas e outros instrumentos e age por meio de liberação de substâncias químicas no organismo. Como consequência, produz efeito analgésico, anti-inflamatório e relaxante muscular, aliviando assim a dor e outros sintomas de determinadas doenças. Esse estímulo aciona áreas cerebrais onde se liberam neurotransmissores específicos, determinando uma função. Nos últimos anos, intensificaram-se as pesquisas científicas para elucidar os efeitos da acupuntura e em quais situações ela deve ser prescrita. Nos EUA, o National Institute of Health (NIH) registra como vantagens da técnica a baixa incidência de efeitos adversos e a melhora de sintomas.
Técnicas de acupuntura podem ajudar em transtornos emocionais e falta de apetite. Em casos de pacientes que se submetem à quimioterapia e à radioterapia, é notável o efeito da acupuntura na redução das náuseas ou vômitos. Além disso, há uma grande vantagem desta técnica: Qualquer pessoa de qualquer idade pode ser tratada com acupuntura, exceto os pacientes com infecções generalizadas de pele.
Os diferenciais da acupuntura estão no campo de atuação que é amplo, devido a sua própria natureza e mecanismos de ações, pois, ao estimular o sistema nervoso, regula e harmoniza o funcionamento do organismo como um todo.
Essa técnica tem demonstrado eficácia no tratamento de doenças neurológicas, psiquiátricas, ortopédicas, respiratórias, entre outras. Reconhecendo a importância deste tratamento, a Organização Mundial de Saúde (OMS) organizou uma extensa lista de doenças tratáveis com a acupuntura e esta lista, através de estudos científicos rigorosos, tem crescido cada vez mais.
O procedimento é uma modalidade terapêutica praticada na China há mais de cinco mil anos. Foi trazida para o Ocidente no século 16. Criou-se então um conceito de “acupuntura ocidental” que é uma adaptação da Medicina Tradicional Chinesa, que leva em consideração os conhecimentos atuais de anatomia, bioquímica, fisiologia e patologia.
No Brasil, deixou de ser uma ”terapia alternativa” para tornar-se uma “terapia complementar”, com o reconhecimento como especialidade médica e do fisioterapeuta.
Esse tratamento se utiliza de agulhas, moxas e outros instrumentos e age por meio de liberação de substâncias químicas no organismo. Como consequência, produz efeito analgésico, anti-inflamatório e relaxante muscular, aliviando assim a dor e outros sintomas de determinadas doenças. Esse estímulo aciona áreas cerebrais onde se liberam neurotransmissores específicos, determinando uma função. Nos últimos anos, intensificaram-se as pesquisas científicas para elucidar os efeitos da acupuntura e em quais situações ela deve ser prescrita. Nos EUA, o National Institute of Health (NIH) registra como vantagens da técnica a baixa incidência de efeitos adversos e a melhora de sintomas.
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